9 comments

Senta que lá vem a história…

30 anos daquele domingo… Minha mãe preparou uma carne de panela com batata e quando se preparava para comer com todo aquele desejo de grávida, minha tia falou: “Nananinanão. Pode parar por ai que a sua filha vai nascer.” Ela era doula, parteira, sei lá. Diz minha mãe que ela percebeu que era a hora e não deixou que a minha mãe almoçasse, já que ela ia tomar anestesia. (Minha mãe dava aulas para gestantes e como minha irmã mais velha nasceu de Parto Normal, ela queria viver a experiência da cesárea para saber como era.) Acho que até hoje ela tem vontade de comer aquela carne com batata. rsrs

Foi as 15:45 daquela tarde de domingo que eu cheguei ao mundo nas mãos do meu tio obstetra lá em Volta Redonda (RJ), pesando 2,880g.

Nasci lá e depois de 3 meses fomos para Minas onde passei 17 anos da minha vida com minha família, avós maternos, primos. Aos 13 meus pais se separaram e começamos mais uma nova fase. Apesar de ter sido alguns dias antes do meu aniversário (tenso), eu fui a primeira a ganhar 2 presentes. kkkkkk (temos que ver o lado bom das coisas né?).  Foi com essa mulher forte que aprendi que às vezes precisamos abrir mão da nossa “felicidade” em nome da felicidade e bem-estar de toda a família.

Foram tempos difíceis mas necessários para me tornar quem eu sou hoje. Ajudei a administração das contas, pagamentos, às vezes supermercado e trocas de lâmpadas, né Mamy??? Essa vida de professora não é nada fácil. Eram aulas, preparação, cadernetas, muito trabalho e pouco reconhecimento. O bom é que o lado artista da mamãe nunca a deixou na mão, o que a fazia feliz e completa.

Meu pai sempre esteve ali pertinho, fazia questão de participar e ensinar que tínhamos que seguir em frente, estudar e procurar nosso lugar no mundo. Sempre justo e medindo cada passo dado, com cada filha.

Minha irmã Thais me levava para a praça com ela depois da missa. Ela que tinha que abrir os caminhos, né?! … Já com a Moki, eu ensinava matemática. Minhas manas… <3

Quando cheguei no ensino médio (que na verdade era também técnico em eletrônica – por essa vocês não esperavam né?), conheci um amigo de um rapaz que queria me namorar e esse amigo foi ficando meu amigo. Já imaginam o final, né?

Em 2 meses a amizade ficou tão colorida que virou um namoro. O nosso primeiro beijo? Ali no banco de trás voltando de uma viagem no carro com a minha mãe e irmãs. Foi inevitável.. e inesquecível. Eu tinha 15 anos.

ana e breno

Se passaram mais 15 e ainda estamos juntos. Agora é impossível não detalhar um pouco mais. Estamos a 4 dias de completar 15 anos juntos e a minha história é a nossa história.

Me mudei para São paulo aos 17 anos. Depois de dois meses morando em um pensionato, me mudei para a casa do meu namorado com a família dele. Desde o começo do namoro eles sempre foram super acolhedores. Minha sogra sempre forte e batalhadora, mas amável e carinhosa. Meu sogro (pausa pra enxugar as lágrimas que saltam do meu olho) sempre bajulando e fazendo o impossível para agradar (na maioria das vezes com cafés da manhã cheios de coisas gostosas e tortinhas de morango). Meus cunhados? Mais dois irmãos que ganhei. Tanto na hora de puxar a orelha, quanto na hora de ganhar um abraço sincero.

Foram 4 anos de faculdade. Nesse tempo também dividi apartamento com amigas de faculdade pois meu pai era contra eu morar lá, mas não teve jeito. Uma hora fui de vez.

E aí, eu pedi ele em casamento em 2006, antes de me formar.

noivado
Noivos!

Passaram mais 2 anos e antecipamos o casamento civil em 1 ano pensando em burocracias de compra de apartamento. Mal sabíamos que meu sogro não conseguiria esperar até a nossa celebração.

Nos mudamos e começamos a nossa vida juntos. Nos casamos no dia que completamos 9 anos de namoro. 23 de maio de 2009.

Screen Shot 2012-05-08 at 17.12.09
<3

Depois de uma viagem pro Canadá em 2010, veio a primeira gravidez.

PQAAACOajmmCfCTs4u55T5n4j80JfGtvAGyXZDy57Ay5Cqfu2WTgnV9iqMBaHdGk3nu9cCP7qTBTgETG6AyVIrJb-D0Am1T1UI68Vrq2-Ioa0-LImFAcHZZoymgN
<3

Acho que eu pensava que era menino para não nos frustrarmos, mas quando soubemos que era a Bruna, a menina tão desejada pelos meus sogros, não pensamos em outro nome. (Pausa novamente para conter a emoção). 

Veio minha primeira filha e a nova forma de ver o mundo. As prioridades mudaram e o trabalho também. Veio o blog. E a nova gravidez, a Clara. Com significado oposto de Bruna, ela veio para completar e iluminar.

No fundinho eu achava o máximo ter 3 filhos. Eu adorava ter 2 irmãs e ter meus 2 cunhados, mas iríamos encerrar por ali, até que tudo desregrou e a Alice foi revelada naquele exame de farmácia que eu não queria fazer. Foi um sustinho bom. Precisávamos completar o ABC né?

Não sei porque tanto “medo”, se é o que mais fazemos bem. Filhos! Não é fácil criar e educar, mas por dificuldades todos passam. Pelas felicidades também.

Hoje, no meu aniversário de 30 anos, completamos 30 semanas da terceira gestação. Quantos números 3 né?

Não poderia desejar outra vida, outra família, outro parceiro e companheiro, outras filhas que não as nossas. Não poderia me ver mais feliz e completa na nossa casa esperando esse terceiro presente de Deus.

Não poderia deixar de agradecer o carinho que recebo aqui, no instagram, no facebook, whatsapp e pessoalmente de todas as pessoas que acompanham minha jornada no blog e conheciam a Aninha depois da Bruna, da Clara e da Alice, mas não a Aninha por inteiro. Obrigada a todas as felicitações de aniversário, de saúde e de vida. Obrigada por serem tão queridos.

Chego aos 30 mais madura, experiente e completa. Como diria Sandy:

Tenho sonhos adolescentes
Mas as costas doem
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem
Tenho discos de 87 e de 2009
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem

 

aniversario

 

Bjosss. Me despeço novamente com lágrimas nos olhos de ver o que construímos nos últimos 15 anos e de como os outros 15 me fizeram ser quem sou.

Sobre Aninha

Mãe de um trio de meninas: Bruna (6), Clara (4) e Alice (2). Dedico meu tempo à minha família e ao LookBebê. Antenada, adoro redes sociais e tecnologia e mais ainda, compartilhar conhecimento e informações sobre a maternidade. Sou (fui) Biomédica, pós-graduada em Engenharia Biomédica, mas optei por mergulhar de cabeça na maternidade.