Oiii Pessoal!!!
O post convidado hoje é da Flávia, uma leitora querida do lookbebê que “saiu do anonimato” pra mim quando ganhou um sorteio aqui no blog!
Ela desejava um parto normal e apesar de optar por fazer o parto com um médico old school e pelo plano de saúde, se manteve firme e forte, e conseguiu seu PN apesar de algumas intervenções, as quais ela não se arrepende.
Muitas vezes essas intervenções são desnecessárias, mas ela estava preparada para elas, ciente, e ansiosíssima para conhecer a filhota, portanto, então pra ELA foi o parto perfeito, pois foi o dia que ela deu à luz à filha.
Ela escreveu esse relato para um dia mostrar à filha, e nos encaminhou quando falei do nosso espaço para compartilhar informações e experiências.
Relato de parto normal – Laurinha (09/08/2013)
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Tudo começou quando eu estava com 38 semanas e 2 d de gestação e fui ao obstetra. A ansiedade para o nascimento era imensa, mas esperava o bebe para dia 20 de agosto (DPP). Queria muito fazer o parto normal, no hospital mesmo, sem muitas exigências, mas com a certeza que minha bebezinha nasceria no dia que desejasse. Isso pra mim era fundamental e admito um prazer muito grande em não saber realmente quando seria o grande dia. Trabalhei até um dia antes da Laura nascer. E todo dia que estava no escritório pensava se iria voltar no dia seguinte para terminar o que estava fazendo. É uma sensação maravilhosa que não tem preço.
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Na terça feira fui no obstetra fazer a consulta das 38 semanas onde ele iria fazer o toque. Chegando lá ele me disse que a Laura estava alta ainda, mas que eu estava com 1 cm de dilatação. Vibrei de emoção e ele pediu para executar o descolamento de membranas. Assim foi feito e tive cólicas leves. Fui pra casa com meu marido e não aconteceu mais nada. Fiquei mais dois dias bem tranqüila, trabalhando e cheguei a conclusão que a Laura nasceria só no dia 20 mesmo, pois eu não sentia o trabalho de parto evoluir. Eu estava bem normal, sem cólicas quem dirá contrações.
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Quando foi na sexta feira as 5:30h, eu estava dormindo, bem tranqüila, senti o liquido escorrer na minha calcinha. Dei um pulo da cama, meio dormindo e fui ao banheiro. Quando olhei minha calcinha encharcada vi que não era xixi, a bolsa tinha rompido. Falei como nos filmes –amor, acorda, o bebe vai nascer, a bolsa rompeu– hahahah. Meu marido pulou da cama e começou a pirar como todo bom marido colocando as malas no carro e ficou pronto em 1minuto. Eu ainda tomei banho, mas o liquido escorria pelas minhas pernas.
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Fomos para o HGU maternidade aqui em Ponta Grossa, chegamos em 10 minutos. Eu não sentia nada, nenhuma contração. Nos internamos e fomos para o quarto. O medico foi avisado e logo chegou. Perguntou como que eu estava e fez o toque. 3 de dilatação. Um dia antes falei pro Vitor (marido) para nós fazermos uma caminhada curta para acelerar o tp. Cheguei da caminhada e não senti nada, ainda falei que não resolveu. Combinei almoço para o dia dos pais com a certeza que não nasceria ainda e 24 horas depois estávamos com a Laura nos braços.
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Voltando ao tp, o obstetra sugeriu intervir com o dito “sorinho”para acelerar a dilatação. Aceitei. Antes de colocarem o soro já senti as primeiras contrações naturais do tp. Com o soro elas foram aumentando bzastante de ritmo e intensidade. Lembro que nos últimos momentos de sanidade rezei pedindo proteção e que a Laura nascesse com saúde. Avisei meu marido que já estava na hora de nascer e que chamassem o médico urgente. O plantonista veio fazer o toque e quando levantei do sofazinho, onde permaneci durante todo o tempo, lavei o chão do quarto. Conselho, exija para não ficar na cama, essa é a pior das posições, vc sofre muito, fique de pé, de cócoras, sentada com as pernas bem abertas em um banquinho, na bola ou onde quiser, menos na cama. hehehe
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Essa maternidade em que tive o bebe foi indicada pelo obstetra como a melhor da cidade e também por várias amigas, pasmem, eles não tem sala de pré-parto, tem que ficar em tp no quarto mesmo e depois ir para o centro cirúrgico. No HGU a grande esmagadora maioria dos nascimentos é por cesáreas agendadas, para “não congestionar os quartos”, a verdade seja dita. Afinal quando cheguei as recepcionistas me pediram a guia de internação, então meu marido respondeu “ela entrou em tp agora, a bolsa rompeu, não tem guia…”, plano de saúde minha gente, um absurdo atrás do outro. Se puder, livre-se dele.
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Após o segundo toque a confirmação óbvia – está coroando vamos correr, chamem a maca- e me levaram totalmente aos berros de dor para o centro cirúrgico. Chegando lá, meu marido se paramentou, o medico tb e uma galera de enfermeiras, instrumentadoras e afins em torno de mim. E eu berrando no expulsivo. O meu obstetra chegou e disse – vc é rápida hein?! – me examinou, me posicionei e ele disse que sem anestesia não ia dar, aí veio o anestesista – thanks god- e me aplicou uma raqui cela, a qual me anestesiou apenas a região genital, mas as contrações continuavam a todo vapor e minhas pernas ainda se moviam. Foi muito bom, não dispensei intervenções e não me arrependo, já tínhamos combinado isso.
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Assim fiz umas 5 forças e a Laura nasceu, com a ajuda muito preciosa do pediatra, o qual me orientou quando deveria fazer a força, do meu obstetra que fez episio para que a Laura passasse sem me lacerar e de muitas enfermeiras que me incentivaram e seguraram minha mão, sem esquecer do meu marido Vitor que assistiu a tudo, me massageou muito durante as contrações e se manteve firme, são e corajoso frente a um desafio emocionante como esse. Ela veio ao mundo as 11:08h, chorou após 20 segundos com um pulmão forte, cheia de vida. Pesou 2.530g, abaixo do percentil, com 44,6cm e apgar 9 -10.
Mamou um pouquinho na sala de recuperação, a qual permaneci por poucos minutos, e fomos nós 3 para o quarto felizes, com o nosso sonho de parto realizado.
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Não foi nada diferente do que tinha imaginado, planejado, pois conheço a realidade do atendimento que busquei optando por plano de saúde, em uma cidade de médio porte, com um médico old school, mas com experiência suficiente para não me fazer acreditar em parto normal e no fim me fazer cesárea como a maioria por conveniência. Confiei na idoniedade do Dr. Northon que possui 40 anos de profissão e sabe lá quantos partos fez.
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A recuperação foi dolorosa, não posso negar, não é um mar de rosas, mas uma semana depois posso dizer que não tomo mais nenhum medicamento e tenho livre mobilidade corporal para cuidar da Laurinha. Lavei e escovei meu cabelo todos os dias desde que pari, uso maquiagem, roupas confortáveis e tênis. A cinta coloquei logo que tomei banho 4 horas após o parto na maior tranqüilidade, sem dor e tamanho P. Minha barriga está bem no lugar agora e tive um pouco de inchaço, agora já melhorou.
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Minha opinião: o parto normal, tradicional, também tem seus encantos, foi maravilhoso e faria tudo novamente pela sensação de colocar minha filha no mundo por mim mesma, totalmente na ativa, foi assim que me senti, uma leoa parindo na segurança do hospital. Valeu cada minuto.
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Agradeço a Deus, pela iluminação e proteção, a minha mãe Lucia, pelo exemplo de coragem e exemplo de mãe que ela é me mostrando os caminhos quando tudo parece perdido. A meu marido Vitor pelo apoio e amor incondicional dispensado em todos os momentos que passamos juntos nesta vida e fase linda da gestação. A meu pai pela compreensão de sempre e apoio no trabalho. A minha tia Luiza, pelo incentivo ao parto normal e a todos os meus parentes que não acreditaram que eu fosse conseguir e tentaram me “ensinar os benefícios da cesária” me fornecendo mais e mais coragem para provar o impossível.
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A você Laura, minha filha querida, através do seu nascimento aprendi a ser mãe, você é um presente de Deus na minha vida. Te amo!
Flávia (16/08/2013 – uma semana após o nascimento)
Parabénssss querida, pelo nascimento da sua filha linda!
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Para quem ainda não leu, aqui tem o Relato de Parto da Bru por cesárea, e aqui o relato de parto normal após cesárea da Clara (também cheio de intervenções que me fizeram amadurecer).
Beijossssssss
E mandem suas experiências para blog@analumasi.com.br para que eu publique aos sábados. Pode ser qualquer experiência legal para compartilhar com outras mamães de primeira ou de muitas viagens.
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