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Oiiii amores!!!

A primeira duvida do post de ontem (Comparando: Parto Cesárea X Parto Normal) foi: “o parto normal deixa a vagina apertada? Como? Achei que fosse o contrario!”

Pois é… Apesar de eu ter desejado o parto normal eu não me preparei muito bem para o Pós-parto, mas fiquem tranquilas que vou fazer o possível para “prepará-las” com algumas dicas. Hehehe

A episiotomia é um corte feito para ajudar a passagem do bebê. Defensores do Parto Natural são contra essa prática, mas é um procedimento muito comum e caso a mulher seja contra, deve conversar com o médico a respeito. Eu não era contra… O que pensava na época, era o que o médico me dizia: que era melhor um pequeno corte controlado do que arriscar a ter uma laceração.

O corte é feito na posição conforme a foto abaixo.

Fonte: Net Bebés
Fonte: Net Bebés

Como a medica chegou na hora H e eu estava sem anestesia, ela deu uma anestesia local com xilocaína durante a contração, assim não senti dor na hora da episiotomia pq a dor da contração é muito maior.

No meu caso, ela disse que conseguiu fazer um corte bem menor e mais lateral pois “viu que a Clara era pequenininha” (por essas que o corte pode ter sido desnecessário, mas ok, bola pra frente). Realmente. Depois da alta, mostrei meu corte para minha sogra e cunhada e elas se surpreenderam! Acharam q era bem maior e “pior”. Ficou super discreto.

O que eu não sabia direito é que na hora da episiorrafia (sutura da episiotomia), o medico dá um pontinho a mais, conhecido como ponto do marido.

No dia da minha consulta de 15 dias, comentei que no local daquele ponto estava uma pelotinha, e o medico disse que era normal pq o ponto estava apertando a pele, mas que ela desapareceria, que era o “ponto do marido”. Ok, alguma vez eu já havia ouvido falar isso, mas sabe quando vc sabe e não sabe?!

Corri pro Dr. Google depois e vi que era super normal eles fazerem esse pontinho. E ai me veio o medo: como será a primeira vez?!!

Comecei a ficar “nervosa” e ansiosa com essa descoberta. Quando o assunto surgiu um dia aqui em casa em um bate-papo informal com meus cunhados eu já soltei um: “Nem tão cedo”… kkkkkk.. E não queria pensar nisso. Expliquei pro meu marido que li sobre o ponto do marido e que seria uma “primeira vez”… Ele se interessou pelo assunto, queria entender (pois como falei, não nos preparamos bem para o Pós-PN) e queria saber mais com aquele sorrisinho no rosto… kkkkk Quase mandei catar coquinho!!! Hahaha

Pena que nem todo mundo tem a sorte de ter um marido que respeita e entende como eu, né?!

Bom, resolvi apalpar e a musculatura local estava bem mais rígida.

Bom, alguns dias após “os 30 dias”, eu me senti preparada e fui tentar a sorte…. Kkkkk foi sim uma primeira vez! Apesar de ter sido um pouco “tenso” pra mim, eu imaginava pior.

Claro que com o tempo vai ficar muito mais confortável, mas ainda não deu tempo de treinar… Tudo é questão de exercício. Rsrs

Maridos, não fiquem com medo de estragar o playground. Pode ficar ainda melhor.

Atualização em dezembro/2013: O marido continuou aprovando o procedimento e pra mim também está ótimo.

Bjosssss

Atualização agosto/2014

O post teve uma repercussão super negativa depois de alguns meses e eu só me dei conta disso um ano depois. O que eu queria deixar claro aqui para QUEM NÃO ME ACOMPANHA E NÃO SABE A MINHA HISTÓRIA é que eu NUNCA questionei o parto normal em relação a “estragar o playground” ou alargar a vagina, mas sim, esse mito existe e eu já escutei de amigas e familiares. Por isso, como canal de informação eu quis falar com ESSAS pessoas que NUNCA cogitaram o PN que ele podia sim ser cogitado, e se essa for a única condição para essas pessoas optarem pelo PN, que assim seja. Se for somente um DEGRAU para buscarem mais informações, melhor ainda! Infelizmente eu não tinha as informações que eu tenho hoje. Alguns meses depois do meu parto me informei muito mais sobre o Parto humanizado e entendo perfeitamente a revolta das pessoas que leram esse post, só não gosto de ler grosserias pois realmente me faz mal. Inclusive escrevi o post Sobre o Meu renascimento do parto depois, e gostaria que antes de me  julgarem, o lessem. Segue trecho abaixo, escrito em 8 de agosto de 2013:

Hoje eu entendo o termo tão usado por eles, ativistas do parto humanizado: o EMPODERAMENTOSe empoderar é você saber e ter a opção de escolha. Não importa se vai parir no mato, em casa ou no centro cirúrgico. Tem que ser NOSSA a opção. Conhecer o seu corpo, saber como evolui o parto, como será cada fase. Saber que pode demorar mais de 1h por centímetro; saber que não nasce necessariamente até 40 semanas, saber que cordão no pescoço, a pressão alta, o streptopositivo, bebê grande ou pequeno demais e baixa estatura não são motivos pra cesárea e que toda mulher entra em trabalho de parto. Em condições normais (de baixo risco) é lindo poder pensar em viver esse momento natural.

Se optar por um parto que não seja natural, sem problemas também. Mas converse com o médico. Exija que o bebê fique com você, que vá pro colo, que mame logo. Saiba o que é melhor pra você e pro seu filho. Não podemos ser coadjuvantes e aceitar os procedimentos padrões que outras pessoas definem.

Sobre Aninha

Mãe de um trio de meninas: Bruna (6), Clara (4) e Alice (2). Dedico meu tempo à minha família e ao LookBebê. Antenada, adoro redes sociais e tecnologia e mais ainda, compartilhar conhecimento e informações sobre a maternidade. Sou (fui) Biomédica, pós-graduada em Engenharia Biomédica, mas optei por mergulhar de cabeça na maternidade.