Oiii pessoal!

Outro dia uma amiga, médica e mãe, me enviou um texto sobre o quarto trimestre de “gestação” pois achou super interessante. Eu já havia ouvido falar algumas vezes sobre isso mas só nesse dia percebi o quanto era importante eu repassar essa informação aqui no blog, pois muito se fala sobre “não mimar”, “não acostumar o bebê no colo”, “não embalar o bebê” e que “o bebê tem cólicas”, e não é exatamente assim. Espero que seja útil!!!

Durante minhas pesquisas para esse post, aprendi uma coisa importante e que muitas pessoas confundem: a Exterogestação e o Quarto trimestre de gestação não são a mesma coisa. 

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Exterogestação

O Quarto Trimestre de gestação é apenas o início da exterogestação, que por sua vez compreende os primeiros 9 meses da vida extra-uterina do bebê, tempo geralmente suficiente para o bebê aprender a engatinhar, começar a se alimentar e portanto, sair de situações de risco quando está “longe” de sua mãe.

A gestação leva 9 meses mas o bebê não está efetivamente pronto, pois se compararmos aos outros mamíferos ele é imaturo e depende muito mais dos nossos cuidados. O recém-nascido não consegue se levantar, coordenar os movimentos, se aquecer, se virar. O cérebro se desenvolve e cresce tanto depois desse período que o nascimento por via vaginal se tornaria inviável (caso a gestação durasse mais tempo), e por isso, mesmo a gestação sendo completa, a espécie humana – mamífera e bípede – continua se desenvolvendo fora do útero, diferente dos demais animais, que nascem andando.

Chamamos de exterogestação o tempo que os bebês levam para atingir o grau de maturação de alguns animais em relação à locomoção e sobrevivência. Por sua vez, por nascerem “antes”, o cérebro recebe estímulos constantes durante seu desenvolvimento e acredita-se que esse seja um dos fatores que nos distingue da maioria dos animais. Ao final da exterogestação, o cérebro desenvolveu 50% e até 2 anos 80%, ou seja, estimular o bebê, dar atenção, amor e alimentação adequada nesse período faz toda a diferença.

O quarto-trimestre

O quarto trimestre é a continuação da gestação e compreende os três primeiros meses de vida extra-uterina, tempo necessário para a  adaptação do bebê no mundo aqui fora.

O silêncio absoluto incomoda, pois ele estava acostumado com os batimentos cardíacos, líquido e fluxo sanguíneo.

A luz excessiva também incomoda, pois ele estava sempre protegido de grandes variações de luminosidade.

O vazio ao redor, frio, movimentos irrestritos, idem, pois ele estava acostumado a ficar contido em um espaço, seguro e sem interferentes.

Qualquer coisa assusta. O bebê recém-nascido precisa de colo, acalento, batimentos cardíacos, peito e calor humano para que se acalme. Você deve reproduzir as condições em que ele vivia dentro do útero para que ele se sinta seguro.

É recomendado o uso de slings, cangurus, rolinho de cueiro, e muito contato com a mãe e o pai. (Já falei dos tipos de carregadores de bebês aqui e de como amarrar o wrap sling aqui)

Saiba mais nesse vídeo do Dr. Harvey Karp. Sugiro pular para o minuto 5:05.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=iTzDwUXGqdM[/youtube]

Após essa adaptação de 3 meses, a visão vai de um “preto e branco embaçado” para uma visão um pouco mais clara e com distinção de cores; o sistema digestivo que até o nascimento só recebia líquido aminiótico, termina sua maturação e consegue, na maioria das vezes, aceitar o leite materno sem que o bebê tenha cólicas ou outros problemas gastrointestinais; eles também já conseguem emitir sons, sorrir e responder a estímulos.

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Fique ligada no post de amanhã, a regra do 5S e como acalmar o choro do bebê.

Não é sempre que consigo fazer post assim, mas eu amoooo. Foram algumas horas de leitura, escrita, revisão, rescrita, divididos em 2 dias. De todos os sites consultados, aprendi isso no ParentMapComunidade AMSVila MamíferaMamaÉ DoulaDr. Phil e escrevi do meu jeitinho pra vcs!.

Bjoosssssssss

Sobre Aninha

Mãe de um trio de meninas: Bruna (6), Clara (4) e Alice (2). Dedico meu tempo à minha família e ao LookBebê. Antenada, adoro redes sociais e tecnologia e mais ainda, compartilhar conhecimento e informações sobre a maternidade. Sou (fui) Biomédica, pós-graduada em Engenharia Biomédica, mas optei por mergulhar de cabeça na maternidade.