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Você acaba de abrir o resultado do exame e foi “Positivo”? Qual a reação? Choro, medo, alegria, risada, ou tudo ao mesmo tempo? Acho que tudo ao mesmo tempo, né?!

Bom, o próximo passo é procurar seu médico ginecologista/obstetra (GO).

Leia também Estou grávida, o que fazer antes da primeira consulta com o obstetra

Cada médico tem uma postura. Uns preferem esperar para pedir o primeiro ultrassom somente após a 7 ª semana de gestação, pois o coração do bebê já estará batendo. Na rede pública (e outros médicos) esperam até mais e pedem somente depois da 11ª semana. Durante esse período (5 a 12 semanas) o ultrasom (US) é via transvaginal pois o feto ainda é muito pequeno para ser detectado de outra forma. Alguns médicos fazem dessa forma até mesmo após esse período.

O médico também pode pedir o primeiro ultra-som no início para descartar uma gestação ectópica (quando o óvulo fertilizado implanta fora da cavidade uterina), caso desconfie dos baixos valores de b-HCG após repetições em 48h.

5 semanas de gestação – só é possível ver o saco gestacional. O embrião ainda está no início de sua formação. Em caso de gestação gemelar bivitelina já é possível visualizar os 2 sacos.

5 semanas e 3 dias

O médico solicita a dopplerfluxometria em cada US para verificar a vitalidade da gestação e o fluxo sanguíneo entre mamãe e bebê (como pode ser visto na imagem abaixo).

7 semanas – o coração do bebê já pulsa (até mesmo com 6 semanas é possível escutar).

7 semanas e 1 dia

De 11 semanas a 13 semanas e 6 dias – é realizado o morfológico do primeiro trimestre. Nesse exame são feitas algumas medidas, mas a principal delas é a Translucência Nucal (TN). Essa medida e a do Osso Nasal são feitas para descartar a possibilidade de alterações cromossômicas e má-formação genética responsáveis por síndromes como a de Down.

11 semanas e 2 dias
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Exemplo de laudo descartando alterações cromossômicas

A partir de 14 semanas não adianta fazer a TN, pois o volume do líquido da nuca se altera. Alguns medicos já dão um palpite quanto ao sexo do bebê, mas não gostam de afirmar com 100% de certeza.

A dopplerfluxometria se torna ainda mais importante a partir da segunda metade da gravidez pois é possível identificar risco de aumento da pressão arterial materna e pré-eclâmpsia.

17 semanas – o coração e as 4 câmaras já formadas.

18 a 24 semanas – é realizado o exame morfológico do segundo trimestre, considerado o mais importante deles. Geralmente é feito com 20 semanas de gestação e leva cerca de 40 minutos. É verificado o coração e suas câmaras (para descartar cardiopatias congênitas), cérebro e órgãos digestivos. São feitas medidas da cabeça e fêmur do bebê para avaliar se o crescimento está dentro do esperado. É o principal exame da gestação. Caso a gestante só possa fazer um ultrassom na gravidez, o médico indicará esse.

Foto: 20 semanas e 4 dias – Lábios e boca fechadinhos

Também é muito importante determinar a localização da placenta. Se ela estiver “baixa”, conhecida como placenta prévia, haverá um acompanhamento e se persistir, a gestante pode precisar de repouso e o bebê terá que nascer obrigatoriamente de cesariana. (Veja indicações reais e fictícias de cesariana no blog da Dra Melania Amorim).

No terceiro trimestre, os US são realizados para acompanhar o crescimento do bebê, o grau de maturação e localização da placenta, o nível de líquido amniótico e através do Doppler, verificar a oxigenação do bebê.

27 semanas

No ultrassom com imagem 3D/4D dá pra ter uma melhor noção do rosto do bebê. É indicado entre a 26ª e a 30ª semana de gestação. Antes disso o bebê ainda não tem tecido adiposo e depois, o bebê fica grande e apertado, e os médicos não conseguem obter uma imagem muito boa.

29 semanas

 

Com certeza são 9 meses de muita ansiedade e descobertas.

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Post escrito em jan/2011 e revisado em jun/2016.

Bjss

Sobre Aninha

Mãe de um trio de meninas: Bruna (6), Clara (4) e Alice (2). Dedico meu tempo à minha família e ao LookBebê. Antenada, adoro redes sociais e tecnologia e mais ainda, compartilhar conhecimento e informações sobre a maternidade. Sou (fui) Biomédica, pós-graduada em Engenharia Biomédica, mas optei por mergulhar de cabeça na maternidade.