Quando os filhos ficam doentes é um transtorno. Pra quem trabalha em casa é ruim, mas dá pra dar um jeito pra levar ao médico, fazer exames e colocar no colo enquanto responde a e-mails e resolve algum problema. Pra quem trabalha fora e precisa deixar na escolinha ou com outra pessoa é ainda mais complicado.

Desde terça-feira a Bruna vem apresentando quadros de febre, falta de apetite e coriza. A primeira febre foi de madrugada, a segunda ligaram da escola no meio da tarde. Como chegou a 39 graus quando medi em casa e a pediatra das meninas é em SP, já fui logo pro Pronto Atendimento ver se não era novamente o ouvido, pois ela tomou 10 dias de antibiótico e acabou na semana passada. Não era. E meningite também estava descartada com os exames clínicos. A médica sugeriu que eu procurasse o médico que acompanha ela pra ver a evolução e não ter que ir na emergência.

Decidi atirar pra todos os lados. Saí ligando para dois médicos homeopatas que me indicaram para começar a fazer um tratamento a longo prazo para prevenir essas crises. Não consegui contato.

Resolvi então tentar marcar um horário com um dos pediatras que atendem no Einstein para ter um médico mais próximo e pasmem: consegui horário no mesmo dia, para dali a uma hora. Esperei, passamos em consulta, ele viu os exames de urina da infecção que a Bruna teve em julho no sistema, pediu outros exames, orientou dieta, pesou, mediu e fomos pra casa tranquilas.

Na quarta consegui fazer alguns exames da Bru. A secretária de um dos homeopatas ligou e marquei consulta para o dia seguinte. Passei em consulta, mas não foi das melhores experiências, porque eu não estava preparada para o oposto da última consulta. Explico: acho que desde que eu era criança morando no interior de Minas, eu não via um médico de cabelos brancos em um consultório simples e antigo, sem computadores e com livros amarelados sobre a mesa, com estetoscópio de metal, bem gelado, fazendo suas anotações em uma folha de sulfite. Respeitei a experiência dele, escutei tudo, mas não estava muito a vontade, sabe? Mesmo assim saí dali direto para a manipulação e fui pra casa com os frascos dos remédios de homeopatia.

Fiquei inquieta e precisava ouvir experiências de outras pessoas. Liguei para uma amiga que tratou a Síndrome do Pânico com homeopatia e leva os 3 filhos num homeopata desde bebês. Ela me deu ótimas referências sobre o tratamento e mesmo não sendo o mesmo médico, comecei a dar para a Bru o que ele havia prescrito. Minha tia deu uma olhada nos frascos e disse que é para quem está com muita secreção, que ela está bem medicada. Desde então ela tem soltado bastanteeee secreção pelo nariz. Ainda teve febre durante a madrugada e quando passou de 39 apelei pra alopatia mesmo e dei um antitérmico. Durante o dia fica bem, ótima, faz bagunça… dá trabalho como se não tivesse nada. heheh

Depois de 3 dias sem ir à aula ela queria ir, e eu também queria mandá-la pra escola. Estava até pensando em fazer aula de ballet a tarde, quando parei pra pensar nas mães que trabalham fora. Li uma vez em um grupo materno que a tal mãe achava um absurdo quando outras mães mandavam seus filhos doentes para a escola e acabava deixando as outras crianças doentes também. E mais: ela dizia que se não pudesse cuidar pois trabalhava, que os pais tinham que dar um jeito e levar pra casa da avó, um tio, alguém, mas não mandar pra escola. Eu nunca liguei. Achava natural um resfriadinho de vez em quando. Um dia um pega, outro dia passa e assim vai. Mas hoje, depois de saber que não era otite, nem meningite, nem infecção de urina, e que possivelmente era mesmo uma virose, decidi que minha filha não ia pra escola se divertir com os amigos. Já pensou se uma das crianças pega, passa o final de semana todo doente, mãe e pai cuidando, febre, hospital, médico…. Não. Decidi que ela ficaria debaixo da asa. Estando em casa o melhor que eu podia fazer além de lavar bastante o nariz era: colocar no sol. Mandei brincar, brincar e não sair do sol. Igual uma toalha guardada pra tirar o mofo. Ela já pegou bolacha, comeu, sujou, andou de bicicleta, pegou todos os livros da sala e colocou no sol. Tudo bem.

No sol da varanda
No sol da varanda

Escrevi esse post no sofá na varanda agradecendo a Deus e ao meu marido que está trabalhando por poder cuidar da minha filha em um dia lindo como o de hoje.

Agora preciso ir limpar o nariz que está escorrendo pela boca (eca!) enquanto ela brinca de cuspir na bombinha de encher bexiga. Affffff, a maternidade…. uhauhauhauahuahu

Doentinha, mas aprontando.
Doentinha, mas aprontando.
Sobre Aninha

Mãe de um trio de meninas: Bruna (6), Clara (4) e Alice (2). Dedico meu tempo à minha família e ao LookBebê. Antenada, adoro redes sociais e tecnologia e mais ainda, compartilhar conhecimento e informações sobre a maternidade. Sou (fui) Biomédica, pós-graduada em Engenharia Biomédica, mas optei por mergulhar de cabeça na maternidade.