Oiiii queridos!!!

Ano passado quando eu estava escolhendo a maternidade para ter a Clara, pensei em fazer um post com um comparativo das principais maternidades de São Paulo, mas como eu já estava com barrigão, fazer uma visita em cada uma delas e pagar estacionamentos caríssimos me fez pensar em outra forma de obter as informações.

Eu visitei o São Luiz e Einstein (que eram meus interesses diretos) e encaminhei umas perguntas às demais maternidades por e-mail ou pelo contato do site. O Hospital Santa Catarina se mostrou disponível a esclarecer minhas dúvidas, mas quando mandei as – várias – perguntas eles sugeriram que eu fizesse uma visita. A Pró-Matre e Santa Joana me mandaram ligar pra um setor, que por sua vez encaminhou pra outro, depois pediram para mandar e-mail para a assessora de imprensa e a resposta da tal ‘responsável’ eu estou esperando até hoje! Nem um “Faça uma visita” eu recebi. O Samaritano me enviou um arquivo com o Plano Maternidade do Hospital. De todos o que mais se mostrou disponível e respondeu meu e-mail após ler, e não um e-mail padrão, foi o Santa Catarina, onde a Bruna nasceu.

Bom, mas nenhuma delas “resolveu meu problema”. Depois dessas respostas resolvi deixar o post pra depois e fazer de uma maneira diferente: levantar todos os pontos importantes a serem observados (e também os menos importantes e fúteis como salão de beleza), entregar a vocês e usando esses “filtros” vocês visitam às que mais se assemelham ao que procuram, sendo em São Paulo ou qualquer lugar do país.

Primeiro lugar: Se você têm convênio, quais maternidades aceitam o seu plano?

Geralmente várias. Quanto melhor o plano, melhores os hospitais e maternidades inclusas.

Segundo lugar: Em quais maternidades seu médico “opera”? 

Isso pode parecer meio absurdo, mas é assim que acontece na prática. Para entrar num hospital, o médico tem que ser credenciado no mesmo, independente do tipo de parto (afinal, a maternidade precisa se assegurar que aquela pessoa é mesmo formada, e com as qualificaçòes necessárias). Os médicos então, geralmente são credenciados em duas os três maternidades que eles preferem trabalhar e dão essas opções para o paciente. Se você fizer questão de outra maternidade e do médico, pode perguntar se ele não pode se credenciar no outro, mas geralmente eles nos filtram, dando as opções que preferem.

Caso ele opere em maternidades que não são aceitas no convênio, acho que vale a pena pedir para se cadastrar ou na pior das hipóteses procurar outro médico.

Depois desses dois filtros, geralmente se tem de uma a três opções, e aí acho que vale a pena visitar e observar:

  • Localização – Se você quer receber muitas visitas, opte por uma maternidade bem localizada, perto de casa, do trabalho e mais “central”. Se não quiser muitas visitas, descarte essa opção.
  • Acompanhante no parto – Quantos acompanhantes são permitidos? Geralmente (e direito garantido por lei!) é só um. Você pode perguntar se além do marido ou acompanhante, é permitida a entrada da Doula, por exemplo.
  • Sala de Parto normal / humanizado – Perguntar se existe uma sala especial para parto normal ou se todos são feitos em centro cirúrgico. Geralmente em salas de parto é mais fácil de conseguir mais de um acompanhante.
  • Acomodação e refeições – Visitar o quarto, ver o espaço, ver como é a acomodação do acompanhante (sofá, cama, poltrona reclinável) e se a refeição está inclusa (geralmente varia de acordo com o convênio); Perguntar se o tipo do quarto e localização dentro do hospital variam de acordo com o convênio/plano ou somente de acordo com a ocupação. (Ex: no São Luiz tem quartos internos, de corredor, e os externos ao redor do átrio. Um é mais silencioso e o ambiente mais com cara de hospital. O outro mais barulhento, mas tem o ambiente mais agradável.)
  • Horário e número de visitas – Perguntar se é restrito, e se não for, se dá para restringir se necessário. Algumas maternidades dão a opção para o paciente.
  • Fotografia e Vídeo – Perguntar se é permitido filmar e se é permitido que outra equipe (além da credenciada do hospital) entre na sala de cirurgia/parto. Geralmente as maternidades tem convênio com uma empresa e nenhuma outra pode entrar, somente o acompanhante. Caso não queira investir nas fotos e vídeo (não é nada barato), garanta que a emoção do papai não vai interferir no registro do momento mais importante da vida de vocês. As maternidades justificam que a equipe que trabalha dentro do hospital já é treinada a não tocar no campo cirúrgico e que outras pessoas podem contaminar o ambiente.
  • Acompanhamento do parto pelos familiares – caso seja da sua vontade, pergunte qual sistema de acompanhamento o hospital trabalha. Alguns têm vídeo em tempo real para os familiares acompanharem o parto, inclusive pela internet, outro optam pela janela no centro cirúrgico (que só é “aberta” após o nascimento e o consentimento da mãe e do médico).
  • Suítes especiais – perguntar o valor da diária da suite com sala. Se a intenção for receber muitas visitas na maternidade, esse tipo de quarto ajuda muito!!! É um investimento alto, mas garante tranquilidade nos momentos necessários.
  • Equipe médica – Perguntar se você levar equipe particular incluindo a enfermeira obstetra, se o bebê pode continuar na sala de parto por mais tempo e não ser levado (sem necessidade) para o berçário. Isso depende muito do seu médico também. Se ele fizer questão que o bebê fique e faça a primeira mamada na primeira hora de vida do bebê, ele tem esse poder, claro que quando não há intercorrências, e após o pediatra avaliar o bebê.
  • Cobrança extra – Perguntar se o anestesista, pediatra (e no consultório, ao médico) se é cobrada alguma taxa extra no caso da escolha da suite especial. Pode parecer absurdo, mas sofri esse “abuso” no nascimento da Bruna. Eles se acham no direito de cobrar a mais (além do que o convênio paga) pois você optou por um quarto melhor, particular.
  • Absorvente / fralda – Perguntar se o hospital oferece absorvente para a mãe e fraldas para o bebê. Os que tive bebê forneciam, mas geralmente o absorvente é aquele geriátrico gigante. É bom levar um “noturno” para sair do hospital, pelo menos.

Meus partos:

A Bruna nasceu de Parto Cesárea agendado no Hospital Santa Catarina. Foi lá também que fiz meu primeiro curso de gestantes. Adorei. Todos sempre foram atenciosos. Optei pela suíte com sala, paguei taxa extra para o anestesista, incluso na conta do hospital. Não tenho do que reclamar da maternidade. Não possui transmissão em vídeo e nem janela no centro cirúrgico.  A família pode ver a Bruna chegando no berçário, num vidro bem grande. A qualidade do vídeo da equipe desse hospital (em 2010) não se compara à do vídeo da equipe do São Luiz e Einstein.

A primeira mamada aconteceu no quarto, cerca de 2 horas após o parto, já de banho tomado e de roupa.
Escolhi principalmente por causa da localização, já que minha sogra, irmãs, trabalho ficavam próximos, e hotel para meu pai e familiares também.

A Clara nasceu de parto vaginal no Einstein. Foi “sem avisar” e durante a semana, em uma maternidade longe, em janeiro… ou seja, pouquíssimas visitas. As mais mais! hehe Tem um vidro/janela na sala de parto que eu mandei liberar depois de alguns minutos do nascimento. Esqueci completamente. Se tivesse sido a ultima sala eu teria deixado aberta pra minha sogra acompanhar, mas no meio de tantas contrações nem lembrei!! kkkkk e além disso, ela estava com a Bruna.
A primeira mamada aconteceu na primeira hora de vida, na sala de recuperação do centro obstétrico, pois a sala do parto estava muito gelada pra ela voltar pra lá.

parto normal
Foto tirada depois que a janela foi aberta

Meu médico deu como opção São Luiz e Einstein.

Se precisarem de mais detalhes sobre algumas maternidades, me perguntem que tento ajudar.

Bjosssssss

Sobre Aninha

Mãe de um trio de meninas: Bruna (6), Clara (4) e Alice (2). Dedico meu tempo à minha família e ao LookBebê. Antenada, adoro redes sociais e tecnologia e mais ainda, compartilhar conhecimento e informações sobre a maternidade. Sou (fui) Biomédica, pós-graduada em Engenharia Biomédica, mas optei por mergulhar de cabeça na maternidade.