Oiiii amores!!!

Como vocês bem sabem, eu não entendo nada de meninos, pênis, fimose, e etc. Nem limpar eu devo saber! hehehe Por isso o post de hoje foi escrito por uma amigonaaaa minha, a Carol do Panela de Barros.

Ela têm gêmeos de 1 mês e 20 dias e há quase 10 dias eles fizeram a Postectomia. Pedi a ela que escrevesse um post pra gente de como eles decidiram pela cirurgia dos meninos e como foi o procedimento. Segue:

Desde que descobrimos que teríamos dois meninos, uma coisa já era certa: faríamos a circuncisão (ou Postectomia) dos dois. Pra quem não sabe, a postectomia é a cirurgia para a retirada do prepúcio (aquele excesso de pele natural do pênis) que normalmente é feita após o diagnóstico de fimose (a incapacidade de o homem expor a glande).

 

Os motivos que nos levaram à essa decisão foram muitos. Desde facilitar a higiene para os nossos meninos à prevenção de DSTs e evitar problemas futuros. Além disso, temos alguns exemplos próximos a nós de crianças, jovens e adultos que tiveram que fazer a cirurgia já mais tardiamente e que o pós cirúrgico foi muito mais complicado e incômodo que o que os bebês presenciam.

 

A decisão já estava tomada e tratamos de avisar à equipe do hospital assim que nasceram. Lá, a todos os pediatras que falávamos – passamos 3 semanas na UTI Neonatal por conta da prematuridade – a reação era a mesma: perguntavam se éramos judeus (é tradição no judaísmo e chama-se Brit Milá) e quando falávamos que era por precaução todos diziam que fazíamos bem. Já os amigos falavam: “Tadinhooooos!!!”… nós dizíamos que era para o bem deles e então: “Têm razão…”.

 

Durante todo o período que passamos no hospital, quase diariamente nos perguntavam quando faríamos o procedimento, mas muitas coisas ainda precisavam ser definidas – como o pediatra, por exemplo – e acabamos decidindo ir pra casa sem fazer a postectomia.

 

Nos dias que seguiram, fomos ao pediatra – enfim eleito! – falamos do nosso desejo e, com a aprovação e indicação do cirurgião, ligamos para conversar sobre o procedimento e os preços.

 

Passamos ainda duas semanas ‘enrolando’, e eu insistindo pro marido ligar e agendar de uma vez a cirurgia. Até que: “Ok doutor, amanhã de manhã está ótimo pra gente. 10 horas?”. Pronto. Já era. Está agendado. Dá pra voltar atrás? Dá pra desistir? O cara vem aqui tirar um pedaço do pinto dos meus meninos, oras! Ah não! Não quero mais! – bateu o desespero e a vontade de desistir… Mas vambora que eu não sou de voltar atrás.

 

Chegou o dia e a hora. O médico chega em casa, vai direto pra mesa da sala de jantar e pede uma xícara com água e açúcar – essa água açucarada serviria para distrair os meninos enquanto o procedimento era feito. Ele era espirituoso e contava piada atrás de piada para nos deixar mais relaxados pro que ia acontecer ali. Minha mãe perguntou se eu ia assistir. “É claro que vou!”. Imagina só, o momento em que vão tirar um pedacinho do pintinho do meu filho, a hora que ele precisa de mim, eu não vou estar ali do lado pra dar força? Parece bobagem, mas me muni de forças e fui assistir.

 

O procedimento em si é bem simples. Uma anestesia local pra não sentir dor, uma pinça puxa a pele que será cortada pra fora, uma espécie de guilhotina é colocada para beliscar tudo o que será retirado e um bisturi corta a pele. Assisti tudo de camarote. E filmei. Sim, filmei. Claro que não tive coragem de assistir o filme depois e durante os dois dias seguintes perdia o foco de qualquer coisa e me pegava me lembrando da micro cirurgia que eu fiz meus filhos passarem.

 

Veio a culpa. Durou pouco, mas veio. Passei dois dias sem coragem de trocar as fraldas. Também não tive coragem de dar o banho. Mas passou. Hoje, 5 dias depois, a vida já voltou ao normal, sem sangue, inchaço ou pomadas. Mamãe voltou a dar banho e já consegue olhar o pintinho dos bebês sem culpa.

 

 

Confesso que achava mais bonitinho o pintinho deles antes da cirurgia, mas temos certeza de que vão nos agradecer quando, mais velhos, verem os amiguinhos passando pelo que eles passaram quando não tinham a menor consciência.

 

A imagem abaixo se refere a um procedimento padrão em pessoas com fimose. No caso dos bebês, ela disse que foi bem mais simples.

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Foto: site do Dr. Cálide Soares Gomes

Bjssss

Sobre Aninha

Mãe de um trio de meninas: Bruna (6), Clara (4) e Alice (2). Dedico meu tempo à minha família e ao LookBebê. Antenada, adoro redes sociais e tecnologia e mais ainda, compartilhar conhecimento e informações sobre a maternidade. Sou (fui) Biomédica, pós-graduada em Engenharia Biomédica, mas optei por mergulhar de cabeça na maternidade.