A média de amamentação exclusiva no Brasil é de apenas 54 dias pois faltam informações e apoio à amamentação. Como forma de remediar, muitos profissionais indicam leites artificiais e fórmulas antes do necessário, o que prejudica ainda mais o aleitamento materno que é tão importante para o bebê.
O aleitamento materno previne infecções e alergias e mesmo com toda a evolução desses produtos que tentam substituir o Leite Materno, ele é único, o mais completo e suficiente para o bebê.
A maioria dos posts relacionados ao início da amamentação estão listados abaixo:
- Pomadas e conchas falei aqui.
- Preparo do mamilo (ou não), aqui.
- A Pega correta do bebê no seio da mamãe, aqui.
- Bombinhas de leite, aqui.
- Dificuldades que ninguém conta, aqui
- As fases do leite materno, e a amamentação em livre demanda, aqui.
- Mitos e verdades sobre a amamentação, aqui.
Resumidamente, o que contribui para a produção de leite:
- Ingestão de muitos líquidos, águas e chás
- Dieta balanceada e não-restritiva
- Frequência na produção/mamada/retirada do leite
- Tranquilidade emocional
- Descansos e sonecas ao longo do dia
*** Leia abaixo a explicação ***
A produção de leite
A produção do leite materno acontece após a liberação dos hormônios prolactina e ocitocina pela hipófise (glândula localizada na cabeça), que por sua vez é estimulada pela sucção do mamilo pelo recém-nascido. A prolactina sinaliza para as glândulas mamárias produzirem o leite, e a ocitocina ajuda na contração dos ductos e ejeção do leite.
Você sabia que mães adotivas podem amamentar seus filhos? Pois é. A amamentação é um processo de estímulos, e através da sucção em uma mãe bem hidratada e nutrida, a produção do leite acontece. Os médicos podem receitar alguns medicamentos que contribuem para esses estímulos como ocitocina em spray e também anti-nauseante como o simples Plasil (metoclopramida), sob orientação e supervisão. Há relatos de casos de depressão pelo uso de algumas mulheres, por isso é necessário acompanhamento médico sobre os benefícios. Em alguns casos medicamentos anti-depressivos em baixa dosagem também têm essa função, mas essa necessidade é verificada pelo médico pediatra, e só deve ser usado com prescrição médica.
E os alimentos? Mito ou verdade?
Uma alimentação rica em minerais, vitaminas, cálcio, ferro, e bastante líquido, em intervalos de até 3 horas, são suficientes para a boa saúde da mamãe, e consequentemente para o bebê. Dietas restritivas e com baixo aporte calórico não são indicadas. O corpo precisa de energia (e uma ótima fonte são os carboidratos) para a produção de leite.
Mas a produção pode sofrer interferência de outros fatores e se mesmo assim estiver precisando aumentar a produção, beba até 4L de água por dia. Uma outra opção é o Chá misto da Mamãe, encontrado em casas de produtos naturais.
“Antigamente” diziam que alimentos como canjica e cerveja preta aumentavam a quantidade de leite. Mito. O que acontece nesses casos é que você está ingerindo líquidos e nutrientes (e olha que as avós “faziam” as mamães comerem muitooooo bem). A cerveja não é recomendada em nenhuma hipótese. Não existe quantidade segura de álcool sem que afete o bebê.
Em um dia amamentando você queima aproximadamente 700 kcal, o correspondente a 2:30h de caminhada, step ou yoga. Durante a amamentação sentimos muita sede, então tenha sempre uma jarra com água ou suco natural fresco ao seu alcance.
Não existe leite fraco ou forte. A Doutora Carla já me disse em uma consulta da Bru, e pesquisando li a mesma coisa: Cada mãe produz o leite que seu filho precisa (salvo algumas excessões e problemas de saúde), e conforme os meses vão passando e introduzimos a alimentação sólida, a amamentação vai diminuindo, e assim a produção também.
Como aumentar a produção de leite?
Estimulando. Se o bebê não consegue, por algum motivo, mamar o “suficiente” ou se cansa logo, você pode estimular a produção com a ordenha do leite que pode ser manual ou com o auxílio das bombinhas de extração de leite, manual ou elétrica. Quanto mais leite for tirado (ou mamado), mais leite será produzido. É um ciclo que não pára. Não se trata da quantidade de leite e sim da frequencia com que ele é extraído (3 em 3h).
A sugestão é esvaziar as mamas depois que o bebê mamar, e caso ele pule uma mamada, o leite deve ser tirado em 3h para que o corpo produza mais leite.
O mesmo acontece se você esvaziar a mama através da ordenha manual no banho com água quente… a mama se encherá novamente.
O ideal é que a mesma mama seja oferecida até esvaziar ou ser rejeitada pelo bebê, para que ele não fique acostumado somente a mamar o peito cheio. Não deve revezar a mama após X minutos, pois como foi falado no post sobre as Fases do Leite Materno, o bebê precisa do leite posterior para ganhar peso.
Quais fatores podem atrapalhar a produção do leite?
Stress. Você e seu bebê precisam de um ambiente tranquilo para esse momento tão importante. É um momento de troca, de amor, vínculo e alimentação. Não estou falando de barulho, simples. Estou falando de stress. De preocupações com fatores externos como relações, situação financeira, visitas indesejadas e palpites fora de hora. Deixe esses problemas de lado na medida do possível. O papel do marido* e da família são fundamentais nesse processo, poupando a parturiente. Sonecas durante o dia também auxiliam bastante.
Álcool e drogas. (Leia mais)
Beijinhos!!!
Consultas: Guia do Bebê | Terra Saúde | BabyCenter
Esse post foi originalmente escrito em 2012, editado e revisado em 9/11/2015.