O bebê caiu… o que fazer em caso de acidente doméstico?

Vira e mexe, o Breno falava: “Bruna, não pendura no carrinho da Clara. Bruna, o carrinho pode virar e machucar vocês. Bruna, sai dai, não pendura no carrinho!” 928.537 vezes… Mas parece que não aprende ne… Pois é.

Ontem aconteceu o que a gente temia. (Ah! Mas peraí! Vocês colocam ela no carrinho sem cinto?!! É, pois é. Culpa nossa. E vai ser sempre culpa dos pais. Ou porque não prendeu, ou pq não ensinou, ou pq não foi firme.)

Minha sogra havia acabado de sair de casa e eu resolvi repetir o jantar. (Como alguns sabem, meu marido estava viajando). Coloquei a Clara no carrinho, em cima de um travesseiro pq ela reclama as vezes de ficar afundada. Pra não reclamar e se distrair, peguei um aparelhinho de música do bouncer dela e coloquei na “capota” do carrinho. E a Bru me observando, bem perto do carrinho, com o iPad na mão. Um olho no peixe e outro no gato.

Sai e fui pra cozinha. Quando estava me servindo, escuto: “Powwwww”. Parei dois segundos e esperei pelo choro da Bruna, afinal, achei que ela tinha caído de algum lugar, mas não imaginava o que tinha acontecido. Quando estava a caminho da sala, veio aquele choro conjunto.

Meu coração se despedaçou em mil pedaços ao ver o carrinho virado e as duas caídas no chão.
Corri pra socorrer a Clara, que estava por cima, com a testa no chão (piso frio, porcelanato!). Depois que peguei ela, olhei pra Bru com aquela carinha de pânico, levantei um pouco o carrinho e a tirei de lá. Ela estava “soterrada”, debaixo do carrinho.

Sentada no chão, coloquei uma em cada perna, quase chorando junto com elas e comecei a tentar acalmá-las. A Clara chorava muiiiiito, berrava. Tava toda vermelha!! A Bru chorou assustada, mas controlei melhor.
Comecei a soprar e “ninar” (como forma de carinho e aconchego, não pra dormir!!!).

A Bru, com ciúmes e assustada, pediu: “Sopra minha cabeça também!” Judiação. Soprei um pouco e voltei pra Clara, que chorava descontroladamente.

Em algum momento desse fiz aquele discurso: “Não pode pendurar no carrinho, quantas vezes a gente falou! Olha o que aconteceu! Vocês duas caíram! Machucou a sua irmã, e vc também! Blá blá”. Mas como ela estava muito assustada não peguei pesado, afinal tinha coisa mais “importante” pra fazer do que dar bronca, que era cuidar delas e ver se estavam bem.

Bru mais calma, levantei do chão e continuei com a Clara. Tentei dar mama mas ela não queria saber. A testa hiper vermelha, com um risco esverdeado. Achei que era a veia, saltada de tanto que ela chorava, por isso eu ficava soprando (lá atras), pra sei lá, ver se ela acalmava. Mas fui vendo que não era veia, ela uma marca mesmo.

Mandei mensagem pra pediatra com a foto da Clara e em 4 minutos ela me ligou.

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Fui colocar gelado na testa dela, e ela voltou a chorar (segunda foto acima). Falei com a pediatra, que disse que eu não precisava sair correndo para o hospital (depois de perguntar como foi a queda, a que altura e como ela estava) , mas que era pra observar:

– Não deixá-la dormir por 1 hora
– Acordar durante a noite e ver se ela respondia bem, se olhava.
– Observar o dia todo:
– Sono excessivo
– Irritabilidade
– Desvio dos olhos
– Vomito

Ela chorou mais um taaaanto, mas continuei a colocar o gelado, protegendo com um guardanapo. A Bru veio e quis colocar também! (Aiaiai… Dei pra ela um saco de cheiro verde congelado. Rs)

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Depois de uns minutos com o gelado, ela estava calma e o vermelhão estava melhor.

Fomos para a sala, e foi aí que publiquei essa foto.
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Não queria contar e fazer “alarde” antes de verificar e observar ela direitinho.

Segurei ela acordada entre 1:30h e 2h, e depois ela dormiu sozinha enquanto eu e a Bru fazíamos a mamadeira.

Na hora de deitar, entendi a marca reta na testa, depois de rever a foto do carrinho. A Clara (quando foi lançada pelo carrinho :,,( )bateu na perna na cadeira antes de cair no chão. A Bru “amorteceu” o carrinho e o resto do corpo da Clara, que bateu a testa de novo quando chegou ao chão, mas com menos velocidade… Acho que foi até “melhor” ela ter encontrado a perna da cadeira no caminho.
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(A Manta estava pendurada onde segura o carrinho, e o travesseiro, por baixo da Clara. A Bru ficou com o carrinho em cima da barriga, e a Clara, por cima de onde segura o carrinho).

Acordei as 3h da manha, dei mama e acordei a Clara. Estava respondendo direitinho.

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Depois as 8:30h novamente, e veio esse sorriso lindo!
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Quedas, arranhões, batidas, galos… Isso tudo já acontece quando temos apenas um filho, mas depois do segundo a chance de acontecerem os acidentes multiplica quanto hein??! Uns… 500%??? Acho que a ordem é mais ou menos essa.

Cuidados e atenção redobrada a gente sempre tem, mas nunca serão suficientes. Afinal, são crianças…. Na sexta fui caminhando até o correio com a Bru, e ela empolgada que estava passeando na rua, queria correr e olha o que fez no joelho! Caiu algumas vezes nesses 2 dias, levantava e sacudia a poeira, e continuava!

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E a gente socorre, cuida, reza e tenta ficar mais esperta né?!!

Caso haja corte, sangramentos, formação de “galo” muito alto e qualquer sintoma diferente, deve-se procurar o medico ou hospital o mais rápido possível.

E claro, conta com uma ajuda Divina e dos anjos da guarda das crianças!

Elas estão bem, a marca da testa da Clara já está melhor e ela bastante ativa e sorridente.

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Ufa, que susto!

Na foto abaixo, com a marca bem mais clarinha… 24h e 36h depois (segunda cedo)

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Bjossss queridos! E atenção, sempre.

Sobre Aninha

Mãe de um trio de meninas: Bruna (6), Clara (4) e Alice (2). Dedico meu tempo à minha família e ao LookBebê. Antenada, adoro redes sociais e tecnologia e mais ainda, compartilhar conhecimento e informações sobre a maternidade. Sou (fui) Biomédica, pós-graduada em Engenharia Biomédica, mas optei por mergulhar de cabeça na maternidade.