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Nas primeiras consultas com o pediatra do bebê o principal acompanhamento que ele faz é em relação ao ganho de peso e ai começa a pressão de que o bebê tem que ganhar X gramas por dia. Alguns médicos são mais tolerantes e insistentes e acompanham a amamentação de perto. Outros já vão oferecendo o complemento como opção sem sequer auxiliar a nova mãe e orientar sobre a pega correta, posições e benefícios. Depois dos 3 meses já é possível acompanhar o ganho de peso e altura através de uma curva esperada obtida através de estudos de população mundial.

Se você é como eu e teve sorte no quesito amamentação, não precisou de complemento e palpite azedo. Se precisou, certamente sentiu um aperto no peito e lutou um tempo sobre esse sentimento de “não conseguir” e de fracasso que nos culpa.
E ai, o que acontece? O bebê sai do peito e começa a alimentação sólida. O que estava bom começa a ficar péssimo. Pelo menos aqui foi assim. Tenho inveja das mães que tem bebês que se alimentam bem porque aqui sempre deu trabalho. 

Já contei aqui antes sobre esse drama… Teve o post Urgente: Mudança de rotina e alimentação que eu conto que a Clara despencou na curva de peso. Mesmo assim a mudança de rotina não durou muito tempo. Eu a amamentei até os 2 anos e mesmo ela tendo parado de mamar há 7 meses, ela não ganhou quase nada de peso.

Importante ressaltar: Não tem problema se a criança está no Percentil 10, 50 ou mais. O importante é ele se manter estável de acordo com o seu biotipo. Existem crianças mais magras, outras na média e  outras mais gordinhas. O errado é despencar na curva ou ter um aumento de peso fora do normal.

Fomos hoje no pediatra novo em Campinas pois depois que fiz o post sobre o registro das vacinas em um aplicativo eu vi que estavam super atrasadas e vi que eu precisava resolver isso antes da Alice nascer e gostaria de uma orientação de quais vacinas eu poderia dar no posto e quais realmente eram melhores na clinica, já que dar tudo particular é inviável.

A consulta começou ótima com a Bruna e seu exame físico. O histórico sem antibióticos da Clara e amamentação até os 2 anos também foram bem. Ela não teve nenhum episódio de otite ou qualquer coisa mais séria. Como ele não acompanhava as meninas antes, levou um susto com a curva da Clara e me perguntou se era mesmo uma característica dela ou se ela vinha caindo na curva. Fui sincera: ela era magrinha sim, mas estava sempre caindo e os últimos pontos já estavam fora da curva. Amanhã ela completa 2 anos e 6 meses e está com apenas 10Kg. Na curva de altura ela ficou no Percentil 25.

Perguntou se ela já tinha feito exames e falei que sim, mas tinha um tempo. Busquei aqui nos posts e foi em Setembro/14, há 9 meses, como contei no post Os primeiros exames de sangue nas crianças. A Bruna tinha 3 anos e 10 meses e a Clara 1 ano e 8 meses.

Para que ficássemos tranquilos ele pediu vários exames, pediu pra mudar o leite e complementar com esses mais “fortes”. Esse é o tipo de coisa que me desanima ao extremo. Sair da zona de conforto incomoda né?
Imagina colher sangue, urina de uma criança de usa fraldas e colher fezes em 3 dias alternados? Ahhhhhhhhhhhhhh, que vontade de sair correndo. Tô fazendo muito drama? Ainda tem as vacinas! 37 semanas de gravidez, compromissos, 2 filhas.

Mas é preciso. Como ele mesmo disse: com esses exames descartamos algumas doenças, vermes, etc, e aí ficamos tranquilos pra pensar só na chegada da Alice.

Sabe quando eu percebi que estava me sentindo um lixo? Quando meu marido me ligou e perguntou se estava tudo bem. Comecei a chorar no telefone e falei que me sentia fracassada. Que eu estava acomodada com o baixo peso dela e não fazia nada pra melhorar e talvez por isso eu não estava indo direitinho no pediatra como foi com a Bruna. Mas passou. Digeri. Vamos fazer os exames e ver o que dá, tentando complementar o leite dela e insistindo mais nas refeições.

Bjsss

Aninha, mãe de 2, quase mãe de três.

Sobre Aninha

Mãe de um trio de meninas: Bruna (6), Clara (4) e Alice (2). Dedico meu tempo à minha família e ao LookBebê. Antenada, adoro redes sociais e tecnologia e mais ainda, compartilhar conhecimento e informações sobre a maternidade. Sou (fui) Biomédica, pós-graduada em Engenharia Biomédica, mas optei por mergulhar de cabeça na maternidade.